3 de abr. de 2010

Amor a prestação

Paguei hoje a última parcela daquele empréstimo...

No mês passado, apaguei o último vestígio de seu violão ter estado pendurado na mesma parede que minhas fotos.
Menos de um mês antes apaguei das minhas vontades a necessidade de ter alguém por perto quando algo não sai como esperado.
Há quatro meses me vi fazendo contas de todo o tempo investido, e pensando em como iria empregá-lo dali por diante.
Cinco meses me vi trocando todo o pudor e os ares de pretensa decência pelo calor de mais uma experiência. Não importa qual experiência...
Seis meses antes paguei com minha sanidade a urgência em me ver longe de você.




No final de tudo, o amor não durou tempo suficiente para que fosse possível liquidar todos os dividendos desta relação.

2 de abr. de 2010

Fé em que mesmo?

Aconteceu, estes dias, desta pessoinha aqui ser indicada para uma entrevista daquelas que se publica para os profissionais da empresa se sentirem prestigiados e motivados.

Dai recebi um questionário de perguntas padrão e percebi que não tinha a menor vontade de respondê-las e que as pessoas se interessariam menos ainda pelas respostas.

Porque se insiste em afirmar que cada ser humano é único, se mesmo na hora de prestigiar um se usa o “formato padrão”?

Ainda não pensei no que fazer com o raios do questionário e a indicação “do além”. Simplesmente ignorar para ver se esquecem? Ou tentar responder o melhor possível e aproveitar a oportunidade para agradecer as pessoas que tanto me fizeram crescer que hoje enxergo mais morangos que pedras ladeando meu caminho?

 
Deu vontade de responder sacaneando… Assim ó:

 
Onde mora? Na minha casa
Tem filhos? Tenho uma cadela de quase seis anos, é equivalente não?
Qualidade? Perfeição.
Defeitos? Só nos outros…

Pode? Mais clichê impossível!

Eu não acho que alguém vá se sentir motivado em me ver descrever a saga pra chegar até aqui (e onde é aqui mesmo?) ou falando de um livro ou de música que eu ache legal.

Talvez se elas souberem que o que me faz querer estar lá todos os dias é minha fé que lá posso aprender a ser melhor e posso acompanhar pessoas se tornando melhores todos os dias ou ainda me surpreender em quanto algumas ainda conseguem se mostrar piores do que a gente imagina que a humanidade seja capaz. (Onde eu coloco isso? Na questão “gostaria de acrescentar alguma coisa”)

Sim!! Acredite que gente ruim não existe só em romance de livro, nos filmes da sessão da tarde ou naquela novelinha básica que ninguém assume que assiste mas todo mundo acompanha, nem que for nas capas das revistas expostas nas bancas de jornal. Hahaha!

Sendo assim, porque ainda me digo surpresa? Porque eu tenho uma senhora fé…

Fé que o grão de divindade que cada um de nós carrega é o suficiente para fazer a diferença e nos dar aquela “vontadezinha” de nos esforçamos para sermos criaturas menos defeituosas a cada dia.

Eu tenho fé nas pessoas sim, por mais ingênuo que possa parecer.

Esse “defeito” faço questão de manter.