20 de ago. de 2010

Carta aberta ao meu amigo (2)

Então se lembra do que eu te disse? Que estava ficando fora de controle?

Não me agüentei. Me precipitei, pra variar…Conclui e julguei…
Estou tão arrependida, já estava no minuto seguinte à explosão de ciúmes. Mais uma delas.
Você bem sabe que eu não tenho motivos para duvidar. Do afeto ou da dedicação.
Bem sabe também que os sentimentos dos últimos tempos têm sido bem intensos… Tudo sob uma lente de aumento, que tem tornado cada inspirar como se fosse o último e derradeiro.

Quando faço estas coisas, a entendo. Entendo porque ela não quer que eu fale com você.
Eu não cheguei a conhecê-la e sinto que a conheço tão bem.
Ela se parece tanto comigo neste aspecto não é? Talvez em outros.
Sempre soube que você tem assim esse gosto pelo diferente, mas podia ter buscado outro exotismo que não este.
Sinto que a proibição abrange também o falar dela. Tenho receio de perguntar e inadvertidamente invadir território proibido.

Lembro da tua expressão de choque, quando te confidenciei que ao vê-lo dormir e sorrir senti uma raiva intensa.
Tão intensa quanto a paixão que me despertou minutos antes.
Não sabia que se podia amar e odiar assim…
Ao mesmo tempo, na mesma medida e a mesma pessoa.
Já te disse que amo o amor, não?
O ódio também na mesma medida.
A pessoa… Ainda não sei bem quem é. Será que um dia saberei?
Ah sim e tem mais esta… Você não acredita que eu possa amá-lo!
Então deixemos de lado o amor e vamos a raiva.

Senti raiva por não cogitar que o sorriso se dirigisse a mim ou ao prazer proporcionado a nós dois minutos antes.
Raiva por não poder sorrir assim também.
Eu não sorrio mais amigo.
Faz um bom tempo que os sorrisos fáceis se foram.
Pensando bem, não me lembro de um dia eles terem estado aqui.
Nem mesmo nas lembrança dos balcões de bar.
Menos mal porque pensando nisso esvai-se também a saudade do boteco e perco o animo por mais um trago.
Já te disse que a tristeza é má companhia para a bebedeira…
E você também é má companhia para ambas.
Afinal, o que está fazendo aqui mesmo?

11 de ago. de 2010

Ele voltou o Boêmio voltou novamente!!!!!

- AMIGO, TRAZ UM CHOOP...!!!
-OHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH QUEM É VIVO APARECE SEMPRE!!!!

-AHAHHAHAH FAZ TEMPO EINH!!!
EH VERDADE, TA AGITADO AQUI EINH!!!

-ULTIMAMENTE, O BAR ESTA CHEIO,...
-EH EU SEI....!!!

-SABE NADA!!! VC NAO APARECE FAZ TEMPO!!!!!
-AHAHAHHAAHAHA EU SEI!!!!! POSSO NÃO APARECER, MAS EU SEMPRE ESTOU POR AQUI E POR ALI
QUIETO, COMO UMA BRISA QUE AS VEZES PASSA SEM SER PERCEBIDA...
MAS EU SEMPRE SEI O QUE ACONTECE!!!

tenho andado distraido, impaciente e indeciso....
sei que as vezes uso palavra repetidas, mais quais sao as palavras que nunca sao ditas
me disseram que vc estava chorando e foi entao que eu percebi como lhe quero tanto.


Um dia me contaram a historia de um menino
que tinha virado areia em pleno acampamento no meio do deserto!!!!
Um dia me contaram a historia de uma menina
que se achava sem motivos pra viver....
outro dia.... dia desses.....

- EH SEMPRE ASSIM... ESSES CARAS CHEGAM E FICAM CONTADO HISTORIAS,
ACHANDO QUE TUDO SE RESOLVE POR MEIO DELAS... CHEGA DE HISTÓRIAS
ESTA NA HORA DA AÇÃO.
O HEROI MATA O BANDIDO ( POLITICAMENTE CORRETO SERIA O MOCINHO PRENDER - MAS QUE SE F.... A POLITICA, AHHAHAHAHAHA)
E NO FIM... TUDO DA CERTO...

Como se na vida tudo fosse assim, tao calculado, tao premeditado, tao certinho... a que indecência essa tal de rotina, que tira o gosto da vida...viver tao loucamente e tao intensamente como um adolescente revoltado... que graça tem, as coisas em ordem. as coisas uma atras da outra....(PRA ALGUEM DEVE TER GRAÇA!!!)

-AMIGO TRAZ DOIS CHOPPS....
-UM PRA VC OUTRO PRA MIM....
....
NÃO OBRIGADO, HJ EU NAO VOU... ELA TA ME ESPERANDO.... ( bem acordada e quase sem roupa!!!!)


Amor, vim te buscar em pensamento - cheguei agora no vento -....
Eu so voltei pra te contar ... A VIDA PODE SER MAIS FACIL DO QUE VC IMAGINA....
Tudo é uma questao de manter....
a mente quieta
a espinha ereta
e o coraçao tranquilo
A TODA HORA A TODO MOMENTO
DE DENTRO PRA FORA DE FORA PRA DENTRO...



8 de ago. de 2010

Carta aberta ao meu amigo (1)

Olá!


Não espere palavras bonitas ou um texto bem escrito.
Não que você não mereça as palavras ou o tempo dedicado à um bom texto…
Daqueles que ficam meses num rascunho e que são revistos de tempos em tempos em que se acrescenta uma frase, troca-se uma palavra ou faz-se ela ajustar melhor no parágrafo.
Aliás, se tem alguém que merece tempo e dedicação é você.
Estou te escrevendo só pra que saiba que eu sinto sua falta.
Sinto falta de nossas conversa intermináveis madrugada a dentro.
Dos teus textos enormes e de sua paciência com a quantidade de interjeições nos meus (não menores que os seus).
Tenho sentido falta de todas as coisas que gostaríamos de ter feito juntos e não pudemos…
Sinto vontade de gritar a todos o meu amor por você.
É amor sim, talvez alguns se espantem em ler esta palavra numa carta minha à você.
Mas sei que não se espantará, já que aprendemos juntos o quanto amor não está limitado ao que eles dizem por aí.
E quando me pego assim sentindo raiva e ciúmes por me privarem de você, também me sinto mesquinha e egoísta.
Muito egoísta!
Por me sentir assim em relação a você, e também por tantas vezes eu ter privado os outros de pessoas especiais pelo meu medo… (não ousaria compará-las à você).
Eu tenho medo de perder quem eu amo. Isso sempre aconteceu comigo e poucas pessoas entendem isso como você.
Mas escrevi para não esperar palavras bonitas ou um texto bem escrito, porque este aqui veio como que uma explosão, um sentimento intenso e de uma verdade incontestável.
Eu explodo com pouca frequencia. E você bem sabe… Mas sabe também da intensidade destas explosões...rs
De repente eu me dei conta do quanto viver, pelo menos o meu viver, tem sido um eterno conjugar do verbo errar.
Nada de novo nisso, acontece que percebi as pessoas que permanecem neste meu viver tem a estranha compaixão de relevar os meus erros e minhas falhas e me felicitar pelos acertos mais banais.
Acho que isso tem muito de amor não?
E amor não é pra qualquer um.
E amor não se agradece, só se retribui ou não (quase sempre no primeiro erro).
Então, este texto é só pra dizer mesmo que EU TE AMO!


PS: Este não tem licença poética. É só verdade.

FOME

Eu sempre fui assim… sozinha

De uma solidão estranha porque é povoada por gente querida e que me quer bem
Porque não confio a eles meus sentimentos nem pensamentos mais profundos
Porque sofro em silêncio fingindo estar tudo bem, afinal sempre acreditei que é isso que eles esperam
Sorrio sem graça, quase pedindo desculpas por me sentir assim
E tenho esta estranha mania de dar aos outros o que querem
Quase sempre sem nada, ou muito pouco, receber
Ainda que saiba que este velho hábito me faça cada vez menor e sozinha.


Ainda que poucos de fato me peçam alguma coisa…


Este muito pouco que recebo, que não seria considerado pouco pela maioria, faz com que eu me sinta alimentada por migalhas


Sempre faminta, sigo ansiosa e sozinha...